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Introdução a Intertextualidade

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Gênero: Comédia.
Atores: Selton Mello, Débora Falabella, Virginia Cavendish, Bruno Garcia, Tadeu Mello André Mattos, Lívia Falcão, Marco Nanini, Paula Lavigne e Aramis Trindade.
Direção: Guel Arraes.
Idiomas: Português.
Legendas: Português.
Ano de produção: 2003.
País de produção: BRA.
Duração: 110 min.
Distribuição: Globo filmes.
Região: 4.
Áudio: Stéreo.
Vídeo: Widescreen.
Cor: Colorido.
Classificação: Livre.



Lisbela (Débora Falabella) é uma moça que adora ir ao cinema e vive sonhando com os galãs de Hollywood dos filmes que assiste. Leléu (Selton Mello) é um malandro conquistador, que em meio a uma de suas muitas aventuras chega à cidade de Lisbela. Após se conhecerem eles logo se apaixonam, mas há um problema: Lisbela está noiva. Em meio às dúvidas e aos problemas familiares que a nova paixão desperta, há ainda a presença de um matador (Marco Nanini) que está atrás de Leléu, devido a ele ter se envolvido com sua esposa (Virginia Cavendish).

A história, assim como a literatura medievalesca, se apresenta através de uma cantiga moderna caracterizada na figura do personagem Leléu, que vaga através de cidades do interior nordestino como um legítimo trovador. Se observarmos as rimas presentes nas falas do personagem, logo identificaremos as cantigas trovadorescas com as respectivas falas. Há presença de intertextualidade como por exemplo na cena em que o personagem Leléu se disfarça de Monga, a mulher gorila e se apaixona por Lisbela, ao relacioná-la com a cena vista pela personagem no filme O Médico e O Monstro. O filme á ainda quase que totalmente metalinguístico, já que se auto-explica ao relacionar personagens e situações comuns em todos os filmes para contar a sua própria história, como por exemplo: a presença do mocinho, do bandido, do herói, da mocinha e toda a caracterização destes personagens em vários filmes e contextualizado na sua história. Enfim, trata-se de uma obra contemporânea, já que se utiliza de metalinguagem, intertextualidade e características populares/medievais sem fazer com que uma se sobressaia à outra e ainda consegue agregar uma sonoridade atípica ao enredo. Assim, o filme se torna um bom exemplo do período modernista brasileiro, que pregava o casamento entre diversos estilos em prol do enriquecimento da arte como um todo.

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